Mais um pouco das informações sobre audição!
Audição x bebês – “Teste
da Orelhinha”
Todo mundo conhece o
“teste do pezinho”, que é feito nas maternidades para investigar
uma doença
chamada fenilcetonúria. Desde 2010, tornou-se obrigatório fazer
nas
maternidades o “teste da orelhinha”, apelido dado ao exame
Emissões Otoacústicas.
Infelizmente, essa obrigatoriedade não está sendo cumprida como
deveria e
muitos bebês ainda estão saindo das maternidades sem a correta
detecção precoce
de perdas auditivas, o que compromete o futuro de toda a
família.Pesquisas
mostram que qualquer recém-nascido pode apresentar um problema
auditivo no
nascimento ou logo após, mesmo que não haja casos de surdez na
família ou
nenhum fator de risco aparente. Estima-se que 1 a 3 em cada 1.000 crianças
nasce com alguma deficiência
auditiva, o que é muito mais comum que a fenilcetonúria
diagnosticada pelo
teste do pezinho – 1 a cada 12.000 bebês).
Como a perda auditiva
não provoca dor, não dá sinais visíveis e o bebê não pode se
expressar, ela
pode passar despercebida. Em crianças após os 4 anos, já dá para
fazer a
audiometria, que é o teste de audição padrão, mas na maternidade
e nos
primeiros anos de vida, o exame de escolha é o teste da
orelhinha.
Para se ter uma ideia,
o exame é feito com o bebê dormindo e dura cerca de 1 a 2
minutos. Coloca-se
uma sondinha no canal do ouvido que emite alguns sons e registra
se o ouvido os
está captando.
Passar no teste da
orelhinha feito na maternidade é importante. Mesmo assim, se o
bebê faz parte
de algum grupo de risco para surdez, ele precisará de outras
avaliações
auditivas. É que, além da surdez congênita (quando o bebê já
nasce com o
problema) - parcial ou total - existe a surdez adquirida. Alguns
fatores podem
determinar esse grupo:
-Histórico familiar de
outras crianças que tiveram perda de audição;
-Nascem com doenças ou
síndromes que prejudicam a formação do crânio;
- Têm icterícia (pele e
olhos amarelados) a ponto de precisar de transfusão de sangue;
- Nascem com menos de 1,5Kg;
- Ficaram internados
em UTI Neonatal por mais de cinco dias;
- Tiveram meningite
bacteriana, otites ou outras infecções;
- Passaram por
complicações no parto;
- - Mães que ingeriram
medicações tóxicas para o ouvido, como aminoglicosídeos;
- Mães que tiveram
rubéola, toxoplasmose, sífilis, citomegalovirus ou HIV durante a
gestação.
Mas fique atenta, a perda
auditiva adquirida pode surgir a qualquer momento da infância,
observe bem as reações
da criança aos sons a que ela for exposta, desconfie na demora
da fala, no
volume da televisão ou na dificuldade de entender o que os
outros dizem (“o
quê?”, “hã?”).
Se seu filho já é mais
crescidinho, a perda auditiva pode ser causada também pelo som
alto e uso
excessivo do fone de ouvido e pode causar baixo rendimento ou
déficit de
aprendizado. Por isso é importante realizar audiometria. Quanto
antes o
problema for detectado, maiores as chances de reversão do
quadro.
Fique atenta e,
qualquer dúvida, acesse nossos canais:
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